Companhia Paulista de Estradas de Ferro




Butiá



KM 216,220

Inaugurada a 15/12/1920

Demolida

No início de 1920, o senhor Celeste Colussi, proprietário das terras do pequeno vilarejo de Butiá, nome dado devido a uma frutinha da região, parecida com a macaúba, doou um terreno à Companhia Paulista, para que ali se construísse aquela que viria a ser a última estação a ser feita no ramal. A estação de Descalvado estava já sobrecarregada com as cargas de café das fazendas em volta, e a nova estação, que teria o nome do povoado, serviria para desafogá-la. Ela foi finalmente inaugurada em 15 de dezembro de 1920, custando à Paulista a soma de Rs. 43:867$840, aí incluídas as casas de empregados. Era mais uma estação que incorporava a parte de passageiros e o armazém no mesmo prédio. Butiá, contam os antigo moradores do local, era uma festa quando os trens passavam; mesmo antes da existência do prédio, as moças e rapazes corriam para acenar para os trens. Pela manhã, dos trens eram atirados exemplares da revista italiana Fanfulla, assinada pelos Colussi. Com a estação, vieram a igreja e as festas. O pessoal então solicitava à Paulista que mandasse trens especiais para trazer os participantes de fora, e os pedidos nunca eram recusados. Bons tempos. Butiá, entretanto, foi a estação de vida mais curta. Desativada cinqüenta e seis anos depois, com a passagem do último trem, logo ficou abandonada. Alguns anos após 1986, data da última foto conhecida e que mostrava o total abandono, ela foi demolida, apesar dos protestos dos moradores. O material acabou sendo reutilizado por eles mesmos, que com os tijolos e ferragens construíram as casas mais novas do bairro, não podendo reaproveitar o madeirame, podre após anos de intempérie, pois o telhado do prédio já havia desabado. As famílias Colussi e Paludetti continuam por lá, mas o vilarejo tem um acesso difícil em estradas de terra mal conservadas. Em meados de 1997, os trilhos foram retirados, e hoje sobra a igreja, quase sempre fechada. (Ralph Mennucci Giesbrecht – do seu livro "A Estrada do Mogy-Guassú – A História dos ramais ferroviários de Descalvado e de Santa Veridiana")


Década de 40



Aparecida Giovanoni, Angelina Barali e José Fuzaro


Paulinho Pereira (Chefe da Estação) e esposa, Geracina Pereira

Roberto Pereira, Lincoln Pereira, Dirceu Pereira e Ademar Viz Barreto


1959



Yoshida, Terezinha Colussi, Arizelda Mantovani e Angela Maria Colussi, em 22/2/1959


Colaboradores: Terezinha Colussi, José Antonio Colussi e Celestino Silvestre - moradores de Butiá

Segundo a cronologia cedida por Terezinha Colussi:
- A Estação Butiá foi inaugurada em 15/12//20
- Foi demolida em 1986
- Os trilhos foram retirados em 1997
- 86 anos de existência da Estação
- O terreno foi doado pelo Sr. Celeste Collussi



Com a visita de Butiá, em 12/06/2003, encerrei os levantamentos do Ramal Cordeirópolis-Descalvado

Marco Aurélio Álvares da Silva - Pirassununga, 15 de junho de 2003

junho de 2003