Companhia Paulista de Estradas de Ferro




Emas



KM 5,882

Inaugurada em 06/12/1886

Abandonada

Em 1886, a Paulista construiu um curto ramal para a Cachoeira de Emas, no rio Mogi-Guaçu, para levar e buscar cargas para o ramal de Descalvado, visto que não podia cruzar o rio sem criar problemas de "zona privilegiada" com a Cia. Mogiana. Construiu então uma estação às margens do rio, que não fazia embarque e desembarque de passageiros, apenas de cargas. Em 1888, a Paulista mandou às favas a Mogiana e decidiu continuar o ramal para atingir a zona cafeeira de Santa Cruz das Palmeiras, além do rio e bem próxima à linha-tronco da concorrente. Mudou então o curso do ramal, construiu outra estação, demolindo a velha (foi essa que acabou por dar origem ao bairro de Emas que hoje existe) e construiu uma ponte metálica, um pouco mais rio acima. A nova estação, inaugurada em 26 de novembro de 1891, foi construída dentro da Fazenda da Barra, de propriedade da família de Fernando Costa, interventor paulista nos anos 40. Com sua morte, a família doou a área para a Aeronáutica, que lá montou a sua Academia de Força Aérea (AFA) em parte do terreno. Na parte onde fica a estação, arrendou a terceiros para plantação de café e, mais tarde, de cana-de-açúcar. Hoje, a estação está abandonada, depois de servir de moradia para uma família até cerca de 1991, que se apossou do prédio depois da desativação do ramal, em 1976. Nos anos 80, os trilhos foram retirados, e nos últimos anos, a estação e a pequena vila à sua volta estão abandonadas, sem viva alma. (Ralph Mennucci Giesbrecht – do seu livro "A Estrada do Mogy-Guassú – A História dos ramais ferroviários de Descalvado e de Santa Veridiana")


Dezembro de 1999